
exames
No Centro do Equilíbrio são realizados os seguintes testes e medidas de audição e avaliação do sistema vestibular (labiríntico):
Audiometria Tonal
Medida da audição mínima por frequência testada.
Audiometria Vocal
Medida da capacidade de detectar e discriminar os sons da fala.
Imitanciometria (ou Impedanciometria)
Pesquisa da complacência da orelha média e dos reflexos acústicos; testes de função tubária (tuba auditiva).
Provas posição e de posicionamento
Testes para pesquisa de vertigens posicionais.
Videonistagmoscopia
Pesquisa do nistagmo de posição e de posicionamento por videoscopia.
Vectoeletronistagmografia
Provas óculo-motoras e vestíbulo-oculares para diagnóstico de disfunções vestibulares (labirínticas).
VEMP- Potencial Evocado Miogênico Vestibular: c-VEMP e o-VEMP
Avaliação do reflexo sáculo-cólico e utrículo-ocular (nervo vestibular em seus ramos superior e inferior).
P-300- Potencial Auditivo Cognitivo (Cortical)
Avaliação das áreas corticais para a compreensão/interpretação dos sons da fala.
Posturografia Dinâmica
Quantifica o reflexo vestíbulo-espinhal (RVE), que a partir do labirinto distribui estímulos para controle da musculatura dos membros inferiores necessários à manutenção da postura.

disfunção & reabilitação
vestibulares
Disfunção Vestibular
O Equilíbrio Corporal é fundamental para que possamos adotar posturas e realizar movimentos harmoniosos, com conforto físico e mental; necessita de ajustes corporais que são continuamente “recalibrados” e aprimorados com a aprendizagem dos movimentos. Estes ajustes dependem da presença da tríade do equilíbrio: sistema auditivo-vestibular, sistema visual e sistema proprioceptivo.
Os sintomas primários da desordem do equilíbrio são as vertigens, os nistagmos (movimentos dos olhos característicos de disfunção vestibular/labiríntica), os distúrbios da estabilização do olhar, os desequilíbrios e a marcha atáxica. Entre os sintomas secundários, estão as tensões musculares, o estresse, a fadiga, a depressão, as dificuldades de memória e de concentração, a dependência.
Podemos chamar de tontura qualquer alteração do equilíbrio corporal: sensação de entontecimento, estonteamento, tonteira, zonzeira; sensação de cabeça leve, pesada, oca; sensação de queda; sensação de “mareio”; instabilidade, oscilação; sensação de flutuação, ascensão, afundamento. Chamamos de vertigem a sensação giratória: subjetiva (corpo gira); objetiva (ambiente gira); é comum surgir aos movimentos de cabeça/corpo (sintoma característico de disfunção vestibular).
As vertigens surgem por disfunção do sistema vestibular, geralmente; ou pelo desequilíbrio entre os sistemas. A prevalência das vertigens está na faixa de 30-70 anos, sendo a queixa mais comum após 60 anos e chegando a 85% dos idosos acima de 65 anos.
Para que possamos estabelecer um plano de reabilitação faz-se necessária uma bateria de testes e medidas a qual chamamos de avaliação vestibular ou otoneurológica. Esta avaliação deve englobar exame médico e exame otoneurológico. No exame otoneurológico, precisamos de avaliação audiológica básica com audiometria e imitanciometria, avaliação complementar (VEMP; posturografia dinâmica) e avaliação vestibular propriamente dita (Vectoeletronistagmografia ou variantes).
Na avaliação vestibular são realizadas provas óculo-motoras e vestíbulo-oculares procurando-se sinais centrais/periféricos; disfunções vestibulares hiper ou hipofuncionantes, uni ou bilaterais.
Os métodos mais comuns de registro dos movimentos oculares são a eletronistagmografia (ENG) e a vecto-eletronistagmografia (VENG), um tipo particular de ENG. Permitem captar, por meio de eletrodos, a variação do potencial elétrico entre a córnea (pólo +) e a retina (pólo -), durante o movimento ocular, avaliando de forma indireta a função vestibular.
“Tratamento funcional, que visa restaurar a função do equilíbrio global ou tornar o comportamento do equilíbrio o mais próximo do normal, permitindo a execução de movimentos que o paciente estava acostumado antes do distúrbio de equilíbrio.” (Barbosa et al, 1995)
A RV tem como objetivos extinguir ou reduzir os sintomas produzidos posturalmente, melhorando o equilíbrio e a qualidade de vida diária (AVD); diminuindo o risco de quedas e de isolamento social.
A reabilitação é a forma mais eficiente de conduzir os indivíduos com distúrbios de equilíbrio, ao retorno às suas atividades de vida diária (AVD) e retirá-los da invalidez crônica.
O sistema vestibular sendo um sistema neurossensorial, é capaz de modificar seu comportamento quando há submissão a estímulos específicos e sucessivos. Para que ocorram mudanças são necessários estímulos freqüentes, com duração e intensidade adequadas.
No Centro do Equilíbrio são realizadas sessões individuais de reabilitação com profissional fonoaudiólogo habilitado que fornece orientações para que os exercícios sejam realizados na clínica e na residência do paciente. tratamento pode ser realizado em uma ou mais sessões semanais (dependendo do diagnóstico nosológico e das potencialidades individuais).